Estrelas hiper-velozes estão escapando da Via Láctea


Uma nova classe de estrelas que se movem em alta velocidade estão traçando um caminho no minimo estranho. Segundo os cientistas, elas estão indo direto para fora da Via Láctea!

Diferente da maioria das outras estrelas hipervelozes conhecidas, as 20 estrelas do tamanho do Sol estão escapando após interagir com o buraco negro do centro da Via Láctea, um corpo maciço, cuja influência gravitacional normalmente oferece a "estilingada" necessária para escapar, descobriu o novo estudo.


"Essas novas estrelas hipervelozes são muito diferentes daquelas descobertas anteriormente", comenta o autor principal do estudo Lauren Palladino, da Universidade de Vanderbilt.

"As estrelas hipervelozes são grandes, azuis, e ao que parece, tiveram origem no centro da Via Láctea", acrescentou Palladino. "Nossas novas estrelas são relativamente pequenas (do tamanho do Sol), e o surpreendente é que nenhuma delas parece ter origem no núcleos galáctico".


Lauren descobriu 20 potenciais estrelas hipervelozes utilizando o Sloan Digital Sky Survey, ao mapear o caminho de estrelas como o Sol na Via Láctea.

Para escapar da Via Láctea o objeto deve adquirir uma quantidade fenomenal de energia. As estrelas devem atingir 1,6 milhão de km/h, lembrando que os objetos que orbitam a Via Láctea já atingem cerca de 970 mil km/h.

A maioria das estrelas hipervelozes faziam parte de um sistema binário que se desfez ao se aproximar do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea. Quando uma é atraída em direção ao buraco negro, a outra é arremessada para fora, a uma velocidade suficiente para deixar a Galáxia. Os cientistas descobriram 18 estrelas azuis gigantes que estão deixando a Via Láctea.


"É muito difícil enviar uma estrela para fora da Galáxia", comenta Kelly Holley, também da Universidade de Vanderbilt.

A equipe apresentou a recém-descoberta classe de estrelas na reunião da Sociedade Americana de Astronomia, em Washington, EUA.

"Nenhuma destas estrelas tiveram origem no centro galáctico, o que implica que há uma nova classe de estrelas hipervelozes, com um mecanismo de ejeção diferente".


Cálculos precisos precisam de medições realizadas ao longo das décadas, por isso, algumas das estrelas podem até mesmo não viajar tão rápido quanto parece, disse Palladino. Para minimizar os erros, a equipe fez uma série de testes estatísticos.

O que poderia ter dado o "pontapé" inicial ainda é um mistério.

"A grande questão é, o que impulsionou essas estrelas a velocidades tão extremas?" Indaga Holley-Bockelmann. "É nisto que estamos trabalhando agora".

Fonte: Galeria do Meteorito.

Nenhum comentário